Zoológicos de todo o Brasil acionaram planos emergenciais para impedir a chegada do vírus da gripe aviária. As medidas foram intensificadas com a confirmação dos casos de Montenegro e Sapucaia do Sul, duas cidades gaúchas. No caso de Sapucaia, a gripe aviária levou à morte cisnes e patos que pertenciam a um zoológico local.
Entre as estratégias estão: equipamentos para desinfecção de visitantes, treinamento de funcionários, instalação de telas para impedir o acesso de aves silvestres, o transporte de aves para ambientes fechados ou protegidos, a triagem de novos animais e o uso de equipamentos de proteção pelos veterinários.
Em Foz do Iguaçu, o Parque das Aves instalou dois equipamentos para quem chega no local: o pedilúvio, que é um tapete sanitário na entrada de visitantes, e colaboradores com troca diária do líquido sanitizante, e o rodolúvio, que tem a mesma finalidade, mas é um pouco mais profundo, para que as rodas dos veículos fiquem imersas.

Eles também decidiram identificar as espécies suscetíveis e cobrir a área superior telada de onde elas ficam, impedindo o acesso de aves de vida livre e transferir os animais mais sensíveis ao vírus para áreas internas e sem contato com visitantes.
Em São Paulo, o Zoo decidiu adotar a restrição de acesso de aves de vida livre aos comedouros da população do zoológico, transferir aves em ambientes abertos para locais telados, providenciando novas telas para lagos e suspender a chegada de aves que vem de Centros de Triagem enquanto houver casos ativos.
O BioParque do Rio reforçou as medidas de biossegurança voltadas às aves. Eles disseram à CNN que intensificaram os protocolos de higiene, controle de acesso e monitoramento diário dos animais.
Em Salvador, o Parque Zoobotânico informou que submete todos os animais recém-chegados a quarentena e triagem, com exames e observação para detectar doenças ou alterações comportamentais antes de integração ao ambiente de visitação, evitando o espalhamento de doenças.

Eles afirmam ainda que seguem protocolos rígidos de higiene e biossegurança, incluindo uso obrigatório de EPIs (luvas, máscaras, aventais), desinfecção regular das instalações, áreas de acesso restrito e disponibilização de álcool para colaboradores.
Nenhum destes locais no Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro ou Bahia tiveram casos confirmados ou sequer suspeitos de gripe aviária.